segunda-feira, 20 de junho de 2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

RELANCE

"Amor agora / Meu inimigo. / Barco do olvido / Entre o teu ódio / E o meu navegar / Fico comigo." (Hilda Hilst)

os finais 
não têm 
finais 

SÓ SEI QUE

eu leio Hilda Hilst 
e jogo com Akuma 
na contemporaneidade 

DA FALTA DO ELEMENTO NO MAPA NATAL

oceano que me persegue em sonho 
agora que meu corpo é todo água e mágoa 
aponte-me: que horizonte? 

TALVEZ CHOVA

tateio o fundo de minhas faltas 
tanto silêncio me cega 
que me esqueço 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

BEBIDA

trago 
a boca seca 
o tórax deserto 

HIATO

"De início as lavas do desejo, e rouxinóis no peito. / E aos poucos lassidão, um desgosto de beijos, um esfriar-se" (Hilda Hilst)

acelerados demais 
perdemos 
tempo 

SE FOR DE

sinto falta 
já não sei nem mais de quem 
(isso se for de alguém) 

SOTURNO NÚMERO 5

"Eu preferia / A grande noite negra / A esta luz irracional da Vida." (Hilda Hilst)

de volta à questão primeira 
seu olhar com gosto de jamais 
nem me desgosta mais 

CHEGADA NÚMERO 8

meu já ser 
tem ânsia 
e vomito versos 

ADORO AS SEGUNDAS-FEIRAS

procuramos amarras 
em vez de procurar 

BREVE POEMA LOUCO

é preciso doar muito 
tendo recebido pouco 
no intuito de parar de medir 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A DÚVIDA

pela consciência
da finitude
apresso fins?

(Fabio Rocha)

PARA CARLA E DANIELLE

sou poeta 
pela falta de coragem 
pra ser palhaço 

DA INTERRUPÇÃO

perdi um poema 
na voz 

POEMA RECORRENTE NÚMERO 100

novas dimensões de frio: 
lobos em estepes com uivos tímidos 
me fazem rir 

PRO FUTURO

volto a vontade que queima 
com luz invisível 
plexos solares 

LER POESIA

é como se lesse 
o mistério maior 
nunca decifrado 

CANTO BICADAS

para fazer um poema triste, bem  
olhe os olhos de um pássaro lindo e forte 
que te fere o peito, porém 

sábado, 4 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

DESFUTUROS (FRUTOS E FUROS)

a ponta do mundo 
aponta a direção 
para onde não vou 

DA PATA ENCARNADA

debaixo do desejo 
não há corpo 
não há nada 

COM_TATO

o fogo da tua boca 
se não é palavra 
é desejo 

MEMÓRIA OLFATIVA NÚMERO 5

o cheiro do fliperama 
no corredor ambíguo: 
prazer antigo 

RELIGAÇÃO

sem motivo ou meta 
ou meio separado do fim 
escrevo e leio e sorrio 

SE FOR AMOR, QUE SEJA MEIO

olho a estrela primeira 
meu último desejo: 
iluminação