(Poemas de autoria de Fabio Rocha)
Céu
É uma lágrima pulsante
ou uma bela estrela distante
aquilo azul no horizonte?
16/4/97
Pílula
Não sei se procuro
Um psicólogo
Ou se estudo psicologia.
22/8/1999
Pílula 2
Chorei e uma frase criei para ti.
No meio da dor, sorri.
Mas o quarto era escuro, e sobre ela dormi.
22/8/1999
A montanha
(Para Manuel Bandeira)
Vou-me embora pra montanha. Lá não há mulheres, eu sei.
Não verei a mulher que quero.
Por isso mesmo é que irei.
7/9/1999
Ira
Pegue essa raiva toda
e sorria.
Faça dela poesia.
26/9/1999
Tarde
Minhalma vaga em silêncio.
Quer ir sempre aonde não estou.
Me chamam pra realidade: Diga que não vou.
6/11/1999
A Magia da Poesia
é encher a lua vazia, aproximar o tempo distante,
chorar nos ombros da alegria,
eternizar um mínimo instante.
2/1/2000
The Glue
I want to sow the glue
that unite me and you
in the way to the truth.
15/1/2000
Sobre como acabar um livro ou Teoria sobre a expansão e colapso do universo, o Big-Bang inverso, em verso
Como acabar
se não há
começo?
10/2/2000
Hai-cai
Ai, caí. Caí...
Destropeçou-se a palavra
Com a folha seca.
11/4/2000
Vivia
Via eu nas coisas
coisas
que não havia.
15/4/2000
Pontos Cardeais
Meu amor é plenilúnio: meio branco, meio azul.
O problema é o infortúnio:
Vou pro norte, ela pro sul.
14/6/2000
Desejo
Almejo a Lisa
Alcanço a brisa
Aliso os alíseos
16/7/2000
TUDO PELOS ARES
Somos anjos perdidos. Asas mortas no chão
desde a primeira audição
da palavra impossível.
30/8/2000
VENTO FORTE
O vento aqui não pára.
Nem um segundo, nem um pouquinho.
Ah, se eu fosse moinho...
11/2/2001
DESTINO
A cigana leu minha mão
e não viu que ela escrevia poemas.
Pediu vinte, dei dez.
13/2/2001
(Poemas de autoria de Fabio Rocha)
(Poetrix encontrados até o livro TUDO PELOS ARES)
2 comentários:
a cigana que lê poesia, é uma linda alegoria... gostei muito
Obrigado Diana!
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