Poetrix - Fabio Rocha
Filho bastardo dos hai-kai japoneses, o poetrix é um poema com três versos curtos.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
XD
o céu cinza
um frio ferrado
e eu sorrindo encontro
(Fabio Rocha)
MARTE E SOL EM HARMONIA
concretizar
concreto
a mordidas
(Fabio Rocha)
terça-feira, 28 de junho de 2011
ENIGMÁTICO SUCINTO
o tempo
se_para os amantes
(e os cresce)
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 27 de junho de 2011
SOBRE A INDESEJADA DAS GENTES
tento não olhar
a morte na janela.
se há vida, há ela.
(Fabio Rocha)
RELAXAMENTO
no meio dos pensamentos mais chatos
seu sorriso
me pausa
(Fabio Rocha)
domingo, 26 de junho de 2011
CORES
vermelho é quase laranja.
amar,
elo.
(Fabio Rocha)
sábado, 25 de junho de 2011
POEMA ROMÂNTICO NÚMERO 1
nenhuma palavra
vai interromper
nosso silêncio
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 24 de junho de 2011
SOL NÚMERO 10
o amanhã acena acalantos
cantos de árvores e vozes
o amanhã é enorme
(Fabio Rocha)
AMEM - AMÉM
eu ia ao sol
quando ela ligou
e o caminho se tornou voz
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
EDREDOM
é bom
a
2
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 22 de junho de 2011
INVERNO 2
sem casaco
cobri-me com a ira
e não senti frio
(Fabio Rocha)
SAPO NÚMERO 9
até quando
adiar
a palavra-mão
se erguendo contra?
até quando
adiar
o sol?
(Fabio Rocha)
MATINAL 45
os caminhos errados
levam
ao certo
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 20 de junho de 2011
DALI
relógios não medem o tempo
relógios não vêem
seus ponteiros
(Fabio Rocha)
P.S.: Belo resumo sobre OSHO:
http://www.oshobrasil.com.br/Osho.htm
sexta-feira, 17 de junho de 2011
CARTA AOS MISSIONÁRIOS
"crianças matando crianças inimigas" - Biquini Cavadão
está ruindo o império no mundo.
resta
o interno
(Fabio Rocha)
CHUVA NO PIANO
está frio demais
pra não amar
ninguém
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 16 de junho de 2011
BASTA
um toque pra atiçar
minha sede
em frente ao mar
(Fabio Rocha)
WAKE UP, NEO - NÚMERO 5
entre sonhos
a mão esticada pra rosa
viciada em espinhos
(Fabio Rocha)
LENDO HILST
era um livro só água
(lençóis de fogo na noite nossa)
era um rio palavra
(Fabio Rocha)
PRESENTEANDO A VIDA
se há crueldade no passado
há inocência
no futuro
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 15 de junho de 2011
RELANCE
"Amor agora / Meu inimigo. / Barco do olvido / Entre o teu ódio / E o meu navegar / Fico comigo." (Hilda Hilst)
os finais
não têm
finais
(Fabio Rocha)
SÓ SEI QUE
eu leio Hilda Hilst
e jogo com Akuma
na contemporaneidade
(Fabio Rocha)
DA FALTA DO ELEMENTO NO MAPA NATAL
oceano que me persegue em sonho
agora que meu corpo é todo água e mágoa
aponte-me: que horizonte?
(Fabio Rocha)
TALVEZ CHOVA
tateio o fundo de minhas faltas
tanto silêncio me cega
que me esqueço
(Fabio Rocha)
terça-feira, 14 de junho de 2011
REAPRENDENDO VONTADES
hoje à noite
dane-se a meditação
vou é jogar com Akuma
(Fabio Rocha)
MUDANÇA NÚMERO 1
atiçar a chama probabilística
até a vida desaguar trêmula
do nada ao fogo
(Fabio Rocha)
SE E SOMENTE SE
se amar ar
se ama
sem amarrar
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
BEBIDA
trago
a boca seca
o tórax deserto
(Fabio Rocha)
HIATO
"De início as lavas do desejo, e rouxinóis no peito. / E aos poucos lassidão, um desgosto de beijos, um esfriar-se" (Hilda Hilst)
acelerados demais
perdemos
tempo
(Fabio Rocha)
SE FOR DE
sinto falta
já não sei nem mais de quem
(isso se for de alguém)
(Fabio Rocha)
SOTURNO NÚMERO 5
"Eu preferia / A grande noite negra / A esta luz irracional da Vida." (Hilda Hilst)
de volta à questão primeira
seu olhar com gosto de jamais
nem me desgosta mais
(Fabio Rocha)
CHEGADA NÚMERO 8
meu já ser
tem ânsia
e vomito versos
(Fabio Rocha)
ADORO AS SEGUNDAS-FEIRAS
procuramos amarras
em vez de procurar
amar
(Fabio Rocha)
BREVE POEMA LOUCO
é preciso doar muito
tendo recebido pouco
no intuito de parar de medir
(Fabio Rocha)
domingo, 12 de junho de 2011
OUVINDO LÍGIA
se eu busco algo
são braços serenos
contra o frio da noite
(Fabio Rocha)
1212121212
quantos silêncios cabem nessa noite?
quantos carinhos em espinhos?
quantos silêncios cabem nessa noite?
(Fabio Rocha)
POEMA PRO DIA DOS NAMORADOS
quantas datas ainda
suportaremos
separados?
(Fabio Rocha)
POEMA PRO DIA DOS NAMORADOS
quantas datas ainda
suportaremos
separados?
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 10 de junho de 2011
OLHANDO AS DUAS PALMEIRAS NA JANELA
eu passaria
a vida toda
ao seu lado
(Fabio Rocha)
PLAY
brincamos de esconde-esconde
crescemos em tamanho
brincamos de quero-não-quero
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 9 de junho de 2011
FRIOZINHO
o sol me lambe
acende
ascende
(Fabio Rocha)
terça-feira, 7 de junho de 2011
É FOGO
o vento estala os toldos
chama minha poesia
os tolos ascendem
(Fabio Rocha)
EU E HOUSE
final
de
temporada
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 6 de junho de 2011
A DÚVIDA
pela consciência
da finitude
apresso fins?
(Fabio Rocha)
PARA CARLA E DANIELLE
sou poeta
pela falta de coragem
pra ser palhaço
(Fabio Rocha)
DA INTERRUPÇÃO
perdi um poema
na voz
dela
(Fabio Rocha)
POEMA RECORRENTE NÚMERO 100
novas dimensões de frio:
lobos em estepes com uivos tímidos
me fazem rir
(Fabio Rocha)
PRO FUTURO
volto a vontade que queima
com luz invisível
plexos solares
(Fabio Rocha)
LER POESIA
é como se lesse
o mistério maior
nunca decifrado
(Fabio Rocha)
CANTO BICADAS
para fazer um poema triste, bem
olhe os olhos de um pássaro lindo e forte
que te fere o peito, porém
(Fabio Rocha)
sábado, 4 de junho de 2011
SÓ
quem carrega consigo
o silêncio
tem algo a dizer
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
CONSCIÊNCIA
escrevo
e me vejo escrevendo
e me vejo escrito
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 2 de junho de 2011
PERDAS E GANHOS NÚMERO 7
por ela
pioro meus dias úteis
na espera
(Fabio Rocha)
INFERNO:
eterno tilintar de opostos abissais:
triste pacas
feliz demais...
(Fabio Rocha)
TUDO OURO
afasto-me
do que
me reduz
(Fabio Rocha)
LAVA INTERNA NÚMERO 2
a inutilidade
de horas a peso
me leva a leveza
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 1 de junho de 2011
DESFUTUROS (FRUTOS E FUROS)
a ponta do mundo
aponta a direção
para onde não vou
(Fabio Rocha)
DA PATA ENCARNADA
debaixo do desejo
não há corpo
não há nada
(Fabio Rocha)
COM_TATO
o fogo da tua boca
se não é palavra
é desejo
(Fabio Rocha)
MEMÓRIA OLFATIVA NÚMERO 5
o cheiro do fliperama
no corredor ambíguo:
prazer antigo
(Fabio Rocha)
RELIGAÇÃO
sem motivo ou meta
ou meio separado do fim
escrevo e leio e sorrio
(Fabio Rocha)
SE FOR AMOR, QUE SEJA MEIO
olho a estrela primeira
meu último desejo:
iluminação
(Fabio Rocha)
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